sexta-feira, dezembro 12, 2008

Falando pelos cotovelos...

Quem me conhece sabe que eu não resisto a ver uns sorrisos dos amigos no boteco após contar uma boa história, geralmente íntima, da minha vida (bem) real...
O que tô percebendo - às custas de muita dor de cotovelo e esporros homéricos - é que essa minha boca grande me traz váááários problemas junto com essas gargalhadas efêmeras.

O horrível é que isso faz super parte da minha personalidade e na última vez que fiz o teste da boca fechada - após contabilizar alguns estragos da tagarelice - ouvi umas 20 vezes a pergunta: "Tá tudo bem contigo, Regi?! Tu tá tão quietinha..." Ou seja, parece que não tenho mais o direito de tentar ficar quieta um pouquinho, falando de amenidades e de coisas que não envolvam outras pessoas, mesmo que esse envolvimento seja em relação à minha pessoa.

Sabe aquela história da peneira? Então... Não uso! Tenho sido boca aberta, fofoqueira confundida com malidicente - que é uma mentira deslavada. Falo pra divertir, pra fazer rir, pra entreter. Tenho que descobrir o dom do silêncio, mas não apenas com a consciência... "By heart" mesmo! Por que quando não falo isso me incomoda (isso inclusive já foi tópico na terapia) e é muito triste isso... Queria ser igual aquelas pessoas que parecem tão em paz ali quietinhas. Que não ficam agoniadas querendo fazer comentários espirituosos (tá... o tempo todo não dá!) como eu quero.
Isso acaba sendo chato... Será que sou chata? Acho que às vezes sim. Então: antes um chato calado que um chato tagarela, né?

Vou tentar... Outro dia venho aqui dizer se consegui...
Um minuto de silêncio pra comemorar a nova fase então!

...
...
...
...

Ai... Acho que deu uns 20 segundos... Tá! Já é um começo... :-P

terça-feira, setembro 30, 2008

Ah, a arte... Esse bichinho safado...

(...) a arte não é imitação da vida, mas a
vida que é imitação de algo essencial
que a arte nos põe em contato.

ARTAUD

"Roubado" do http://ipensa.blogspot.com/

Tô adorando essa história de blogs com pessoas de Blumenau tão interessantes... É maravilhoso ver esse povo que faz arte. É maravilhoso poder compartilhar essa arte com eles!

Não deixe de fuçar também o http://umescambau.blogspot.com/

Coisas finassss! ;-D

sexta-feira, setembro 26, 2008

Seria bom perdermos algumas coisas de vez em quando


Ontem achei que tivesse perdido meu IPod. Tentei ficar puxando na memória como tinham sido meu últimos momentos com ele... A última carga, o encaixe no ITrip, a escolha do Intérprete, minha voz junto cantando as músicas no carro, o turn-off, e ele entrando na meinha protetora com estampa de zebra e corações. Eu lembrava nitidamente disso tudo na manhã de quinta-feira e de repente ele sumiu!
Pode estar dentro do porta-luvas. Revira porta-luvas, tira tudo, faz cara de choro, põe tudo de volta. Na bolsa! Vira de ponta cabeça e tudo cai. E nada dele. Mil imagens projetadas na mente comprando outro, fazendo orçamentos, a dor no bolso, a dor dos dados perdidos...
Indie Rock Me. Bla bla bla era tudo que eu ouvia dos amigos porque minha cabeça tava lá, no IPod perdido, azul, lindo, cheio de músicas que eu amo e que tá, tudo bem, estão no meu ITunes, mas pôxa! Calma! Tuuuuudo vai se resolver... Do nada ele vai aparecer. Chega em casa depois do caminho ouvindo um cd meio arranhado pelos solavancos dos paralelepípedos que ainda persistem nas ruas de Blumenau. Banho rápido. Mais projeções de imagens. Posso pedir pra alguém trazer outro dos Estados Unidos. Não é o fim do mundo. É só um objeto! Tudo bem que é um objeto de desejo de 99% das pessoas que considero ter desejos interessantes, mas ah, é só comprar outro... AAAAAAA!!!! Que ódio! E se alguém roubou?! Ai... Que pessoa do mal... Deus castiga, sabia? Dormi.

Acordei, inspirei e tentei manter a calma e buscar pensamentos de serenidade e desapego. Antes de sentar no meu banco e dar a partida resolvi mais uma vez revirar o porta-luvas. Tirei tudo e nada! De repente, apoiada nos joelhos, já sem esperanças, voltei o olhar para o banco vazio do motorista e corações! Zebrinha!!!!! Ai, que alívio!
Vim para o trabalho ouvindo Autoramas e pensando que seria tão bom perder algumas coisas de vez em quando... ;-)

sexta-feira, agosto 29, 2008

Um desabafo sobre a tarde de 28/08/2008

Em 1999, quando soube que a FURB abriria concurso para contratação de servidores, não tive dúvidas: fiz minha inscrição.

A possibilidade de trabalhar em uma Universidade gerou expectativas, afinal é um ambiente dinâmico, em constante transformação, produtor de conhecimento e democrático.

Estudei muito para passar este concurso. Na época eu não trabalhava e pude dedicar boa parte do meu tempo aos estudos dos conteúdos exigidos na prova. Além disto, estudei todo o estatuto da Universidade, bem como seu organograma. O que quero dizer com isso é que eu queria muito trabalhar aqui.

O dia da prova chegou e algum tempo depois saiu o resultado: eu havia passado. Foi com muito orgulho que ingressei no quadro de servidores da FURB, em 17 de fevereiro de 2000.

Faz oito anos que trabalho na Universidade e não me lembro, durante todo este tempo, de ter sido tratada com tamanho desrespeito. Está certo que meu cargo administrativo requer apenas o nível médio de ensino, mas isso não significa que eu e meus demais colegas sejamos idiotas. Porém, foi desta forma que fomos tratados hoje à tarde.

Com o discurso de "vamos discutir propostas" o CONSAD iniciou. E óbvio que, como das outras vezes, a discussão não ocorreu. Desta vez, quem estava lá pode confirmar algo que sempre se escutou pelos corredores: que o CONSAD não serve para discutir, mas apenas para legitimar e aprovar as decisões da Administração Superior.

Gostaria de destacar dois pontos que chamaram minha atenção:

1º - Entendo que aqueles que possuam cargos de confiança não tenham coragem de ir contra uma proposta da Administração Superior com receio de sofrerem algum tipo de "punição", como por exemplo, perderem seus cargos (e regalias). Entendo, mas isso não quer dizer que eu concorde com essa postura. Particularmente, não acredito que um cargo valha tanto quanto ter a consciência tranqüila por não vender sua opinião. Não entrarei nesta questão porque, além desta discussão tomar grande parte de nosso tempo, cada um tem livre-arbítrio para eleger a conduta que deseja ter perante a vida. Assim, pelo menos as pessoas se mostram como elas verdadeiramente são. Esse é o nosso consolo para não nos deixarmos mais enganar.

O que eu realmente não entendo é a postura da maioria dos Diretores de Centro. Estes servidores ali estão porque foram eleitos pelos servidores e estudantes. Contudo, esqueceram-se de que ali eles deveriam representar aqueles que os elegeram e não os seus interesses particulares ou os da Administração Superior. O cargo que ocupam não é indicado, mas eletivo: por que o medo de ouvir e representar aqueles que os elegeram justamente para isto?

O único que teve esta postura, confirmada pelos servidores do Centro, foi o diretor do Centro de Ciências Humanas e da Comunicação – CCHC, professor Clóvis Reis, que já na reunião do dia 21/08 havia dito que depois de conversar com seus pares, votaria com o SINSEPES porque esta era a decisão deles.

Se algum outro diretor de Centro agiu da mesma forma, não deixou isto claro para aqueles que estavam presentes no CONSAD. O que constatamos foi: excetuando-se o CCHC, todos os outros diretores não têm esta postura - uma vez nos cargos, esquecem-se de quem os colocou lá (será que eles têm coragem de criticar os políticos??). Do que eles têm medo? De cortes no orçamento? Este é o poder de argumentação da Administração Superior?

2º - Como pessoas que chegaram atrasadas, tendo já passado boa parte da reunião, têm direito a voto? Elas não ouviram as propostas, não participaram das discussões (ah, desculpem-me, esqueci-me de que isto não ocorreu): como podem votar? Com base em que argumentos elas tomaram sua decisão?

Enfim, a reunião foi patética e mais uma vez trataram os servidores como palhaços. O resultado? A maioria disse "amém" para a proposta da Administração Superior, passando por cima das propostas de alteração sugeridas pelos servidores.

Infelizmente, hoje tive a certeza de que a FURB não é democrática. Esta idéia que eu tinha logo quando comecei a trabalhar aqui era apenas ilusão de uma jovem e inexperiente servidora!

Depois desta decisão, imagino como todos estão "motivados" para continuar exercendo suas funções. Muito obrigada Administração Superior, por mais esta "injeção" de ânimo!

Deixo para todos pensarmos, duas sugestões:

1ª – Muitos de nós fazemos e damos para a Universidade muito mais do que aquilo que o nosso cargo exige, seja por necessidade (não tem ninguém no setor que faça), seja por percebermos que isso é bom para o andamento da instituição. Se esta é a maneira que FURB encontra para reconhecer nosso trabalho, podemos retribuir da seguinte forma: leiam no Plano de Carreira (Resolução 01/96) a descrição de seus cargos e exerçam, no dia a dia, somente as funções que estão descritas. Qualquer coisa que esteja além daquilo que ali está colocado é desvio de função. Esta será a nossa forma de agradecer ao CONSAD pela "ampliação" de benefícios. Para aqueles que têm o mesmo cargo que eu (Auxiliar de Serviços Administrativos), eis aqui as nossas funções:

"DESCRIÇÃO SUMÁRIA

Recepciona clientes e visitantes da Instituição, procurando identificá-los, averiguando suas pretensões, para prestar-lhes informações, marcar entrevistas, receber recados ou encaminhá-los a pessoas ou setores procurados.

DESCRIÇÃO DETALHADA:

Verifica documentos; procede registros e anotações; efetua serviços de rotina; consulta arquivos e controle existentes; leva e distribui processos; vincula-se ao aprendizado de serviços genéricos da área administrativa da seção que está lotado, sob orientação. Pode operar terminais de computador e/ou outros componentes. Atende o visitante ou cliente, indagando suas pretensões, para informá-la conforme seus pedidos; atende chamadas telefônicas, manipulando telefones internos ou externos de disco ou botão, para prestar informações e anotar recados; registra as visitas e os telefonemas atendidos, anotando dados pessoais ou comerciais do cliente ou visitante, para possibilitar o controle dos atendimentos diários; controla o quadro de chaves dos setores. Desempenha outras atividades afins à sua área de atuação."

2ª – Para aqueles que trabalham em Centros ou com chefias que tenham voto no CONSAD: peçam aos seus diretores/chefes que justifiquem seus votos. Por que votaram contra a proposta dos servidores? Que representatividade é esta? Vocês os colocaram lá e têm o direito de cobrar uma justificativa. E o que é mais importante: nas próximas eleições de Centro lembrem-se disto quando estes mesmos diretores tentarem se reeleger ou quando estiverem apoiando outros candidatos.

Para terminar, gostaria de dizer que foi uma grande decepção ver que as decisões na FURB são tomadas da forma como aconteceram hoje. Sugiro a todos que participem das discussões que acontecerão em virtude das decisões de hoje à tarde. Não seja mais um a dizer ao seu colega: "vai lá e depois me diz o que é que deu (sic)". Dê sua opinião, faça-se presente, manifeste-se. Afinal, quem cala consente.

Carolina Giordano Bergmann

quinta-feira, agosto 28, 2008

Licença Prêmio

Magnífico Reitor Eduardo Deschamps

Como representante da ASEF - Associação dos Servidores da FURB, não poderia deixar de manifestar minha opinião com relação a ressente reunião do CONSAD, a qual tratou nesta tarde da licença prêmio.

A ASEF alicerça-se em promover o bem estar de seu associado, realizando ações sociais, esportivas e culturais, buscando sempre a melhoria da qualidade de vida de seu associado.

Nesta última reunião do CONSAD fomos votos vencidos no que refere-se a manutenção do qüinqüênio, mudar as regras durante o jogo não é justo, desmotiva a todos, esta desmotivação é percebida em diversos eventos realizados como por exemplo a COFAFE, a gincana do servidor, cada vez menos integrantes se disponibilizam. Nossos associados vestem a camisa pela FURB, dão o seu melhor profissionalmente, por outro lado a Administração retira a cada ano um benefício do servidor, gostaria muito que esta pesquisa de clima organizacional fosse realizada nesta semana.

Por fim lhe desejo muito sucesso e que esta Universidade cresça e se desenvolva, mas que não seja a um custo tão alto para o servidor.

Rubens Zunino Pereira
Presidente ASEF
Juntos Somaremos

RES: 13º Salário

Só tenho duas coisas a dizer:

  1. Talvez o Magnífico não se lembre, mas eu não esqueci o dia da eleição da reitoria, quando eu disse que cobraria respeito dos senhores em quem depositei, em voto, minha confiança. Estou extremamente decepcionada e frustrada. Não pela minha situação pessoal que hoje me parece ínfima perto da proporção que tomou o “episódio licença prêmio” na FURB. Tenham certeza que não só em mim, mas em vários servidores, infelizmente, os senhores poderão sentir os efeitos da insatisfação perante o lamentável episódio ocorrido hoje no Auditório Professor Padre Orlando Maria Murphy da Biblioteca Universitária. Hoje é mais difícil para mim abrir um sorriso sincero.

  1. Tenho uma sugestão: mudem esse e-mail para falesozinhocomoreitor@furb.br. Acho que ficaria mais apropriado já que a “discussão” sempre pára na última palavra do reitor mesmo... Talvez isso, mais do que mais uma publicação interna, seja eficiente para melhorar os processos de “comunicação” da Universidade.

Obrigada por me fazerem sentir parte excluída desta instituição.

[]´s

Regiane P. de Souza

Chegou a hora de mostrar sua indignação também!

Se você leu meus e-mails e compartilha das idéias que expus nas últimas semanas, chegou a hora de mostrar para a administração superior, de forma pacífica porém firme, a sua opinião!

Junte-se aos outros servidores indignados com a inflexibilidade dos conselheiros do CONSAD em manter o direito a licença prêmio por qüinqüênio para os técnicos. Nossa proposta não é tirar o direito dos professores! Nós queremos FLEXIBILIZAÇÃO, afinal, servidores todos somos, mas não dá pra esconder o sol com a peneira e continuar com a papagaiada de que docentes e técnicos têm os mesmos anseios.

Não se deixe ludibriar pela notícia da antecipação da primeira parcela do 13º. Lute pelo seu direito AGORA!

Espero você hoje, às 14h30, no auditório da Biblioteca.

Não estamos pedindo o impossível. Só queremos DEMOCRACIA!

Regi

Sobre a Licença Prêmio

Pessoas,

daqui há pouco tem a assembléia do sindicato sobre a questão da licença prêmio.
Resolvi escrever abaixo um pouco do que percebo sobre este assunto e acho que seria importante considerarmos isto e participarmos da discussão.

Adri

Ao analisar a proposta de alteração do dirieto de LICENÇA PRÊMIO a cada 5 anos é preciso esta ciente que esta não pode ser dividida em partes; ou se adquire o direito integral ou não se tem direito nenhum. Não é como férias que se adquire direito proporcional aos dias trabalhados, mesmo que não se complete o período aquisitivo.

É preciso ter muito presente o fato de que com a nova proposta o servidor não terá qualquer direito se aposentar-se, exonerar-se ou tirar licença sem vencimentos com 6, 7, 8, ou 9 anos de efeito exercício. Todos os anos antes de trabalho não contarão absolutamente para nada como Licença Prêmio, caso não integralize o decênio.

Por isto é totalmente descabido o argumento de que não se está retirando direito e sim fazendo a sua acumulação temporal.

Hoje, com 5 anos de efetivo exercício é concedida a Licença, podendo ser usufruída imediatamente após completar este tempo.

Com a mudança, desde o início do período aquisito até 9 anos e 11 meses não se tem direito nenhum. Se vir a completar 10 anos sem nenhuma interrupção no exercício de suas funções, o servidor docente ou administrativo vai poder começar a usufruir, sendo que somente no 12º ano (e não no 7º como é atualmente), poderá estar usufruindo do 3º mês de licença. E, com a nova proposta, somente após 15 anos de exercício o servidor poderá ter usufruído integralmente de sua LP, o que aliás é improvável pois a grande maioria não consegue ser liberada anualmente para 30 dias de LP.

Estabelecer como moeda de troca para negociação da perda do direito, o estabelecimento do período sabático à critério da administração superior é reduzir a liberdade do exercício de tal direito e criar tumulto ao invés de solução. As possibilidades de docentes e as possibilidades de administrativos são diferentes nesta questão.

A condição e a concessão para usufruir desse período para os técnicos administrativos é tão improvável quanto incerta. Mesmo que houvesse a melhor das intenções ao se fazer esta “concessão” a boa parte dos cumprirem o decênio, dias perguntas indicam a improbabilidade de que se oportunizaria isto aos quase .... técnicos administrativos:

- Que tipo de qualificação poderia argumentar como válida, necessária ou interressante, na perspectiva da reitoria, que pudesse ser feita durante 6 meses e em lugar distante de Blumenau?

Talvez a única opção seria um intensivo de inglês, se:
a) houver concordância da reitoria;
b) se ele já tiver uma boa base da língua;
c) se não tiver filhos em idade escolar, marido ou mulher que possam ficar aqui ou ir junto por conta própria, ou nenhum outro compromisso que o impossibilite de se afastar da cidade;
d) por fim, que os seus 800,00 ou 1.000,00 de salário mensal sejam suficientes para conseguir comprar as passagens e encontrar quem arque com suas despesas no exterior.

Vê-se assim, que o próprio projeto de internacionalização (isto é, cursar inglês na FURB) já está sendo bem difícil de conseguir absorver os interessados, pois não houver sequer horário compatível com as atividades dos setores ) não obteve o número esperado de participantes, imagine o período sabático!

- Que chefe de unidade está em condições de liberar 1 ou mais servidores de seu setor para uma saída de 6 meses?

Os técnicos administrativos ingressam na FURB através de concurso público simultâneo para todos os cargos e setores, fazendo com que o direito à Licença Prêmio vença praticamente no mesmo ano para todos. Por exemplo, os concursos de 1995, 1999 e 2004 (casualmente com o intervalo de tempo de 5 anos), faz com que coincidam os períodos aquisitivos das suas licenças prêmios.

Esta constatação reforça a certeza de que, independentemente das intenções é inviável na prática a conceção dos 180 dias consecutivos para os técnicos administrativos, pois se o fosse impactaria diretamente nas atividades administrativas da Universidade.Como sustentar então a afirmativa de que com isto se pretende fidelizar o servidor?

Quanto ao fato da Prefeitura Municipal ter alterado seu estatuto neste sentido, não há obrigatoriedade da FURB fazer o mesmo, pois ela tem autonomia para manter da forma como está em vigência hoje.

Quanto ao argumento de que assim afeta financeiramente a FURB, esti não está claro, pois vê-se que o fato dos servidores usufruírem da licença não implica em aumento dos encargos trabalhistas, nem custos com substituição dos mesmos nestes perídos. Aliás, muito frequentemente não há sequer afastamento anual de 30 dias, pois é comum usufruir aos poucos, fragmentando em 10 ou 15 dias de cada vez.

Quanto à proposta de poder usufruir nos meses que antecedem a aposentadoria ou receber em dinheiro, isto já está sendo garantido ações judicias. Constar na proposta não é ganho e sim apenas regulamentar o entendimento da justiça.

Parece que a principal preocupação da administração superior está sendo com as situações de servidores que podem, justamente, exonerar-se da instituição após 5 anos e exigir o pagamento do equivalente à licença não usufruída. Os pedidos de exoneração tem sido constantes, não apenas pelo grande número de concursos existentes, mas pela insatisfação dos servidores com a instituição. Independentemente das causas, a medida visa adiar uma conseqüência inevitável e, portanto, é ineficaz. Desta forma, está se tentando resolver uma situação específica e pontual, aplicando-se á totalidades dos servidores uma regra que trás conseqüências graves e explícita redução de direitos.

Adriana De Carli Deggerone

sexta-feira, agosto 22, 2008

Respeito é bom! Mas acho que eles não gostam...

Quem foi à reunião do CONSAD hoje pôde assistir a uma bela demonstração da democracia tão anunciada nos discursos de campanha da atual administração da Universidade. Me deu até pena dos servidores que nunca tinham assistido a uma sessão de Conselho na FURB, que segundo o nosso Magnífico Reitor, é o espaço de discussão das questões que afligem a comunidade acadêmica. Detalhe que a reunião começou com um classudo “cala-boca” do Magnífico Reitor para os “convidados” que foram assistir as “discussões”. E como já havia relatado no meu primeiro desabafo, quem está sentadinho lá naquelas poderosas cadeiras, meus caros? Representantes da comunidade acadêmica que, apesar de a maioria serem eleitos por seus pares e discentes, sabemos muito bem, não podem se indispor politicamente com a cúpula porque as conseqüências seriam líquidas e certamente desagradáveis. Então, que “discussão” é essa? Não seria melhor usar a palavra discurso? O Magnífico Reitor falou (eu ouvi) que não chegou a uma proposta comum com o sindicato porque o lugar de discutir era o CONSAD. Ora, desde que o CONSAD é conselho todos sabemos como funcionam as votações: com uma proposta acordada sendo apresentada, votada e aprovada quase sempre com ampla maioria da administração superior. Então é pra brincar de engana?!

Durante sua “discursão” pude ouvir algumas possíveis justificativas para a insistência em passar o período aquisitivo da licença-prêmio de 5 para 10 anos, resguardando-se a proporcionalidade do benefício, se a reitoria autorizar (ah, mas é só o chamado período sabático que eles podem “gerir”, tá? se tirar os 30 dias pode ir lá pro interior do RS curtir a vida no campo...). Uma delas é a questão da fidelização dos servidores técnico-administrativos. Segundo o Prof. Eduardo, uma verificação foi realizada e concluiu-se que o tempo médio de permanência dessa categoria de servidores na FURB é de 7 anos, portanto o prêmio seria dado se ele “aturasse” a FURB por 10 anos! Percebam como eles mesmos se contradizem. Se é necessário que este prêmio seja dado para “segurar” o servidor técnico na instituição é bom nem pensar como andam as outras condições e incentivos de trabalho.Agora uma outra questão que agora muito pessoalmente me aflige: e quem está completando 10 anos daqui a 10 dias, que portanto, já está “doméstico-fidelizado”? Qual a justificativa para não manter o qüinqüênio para esses servidores? Ah, aí entra um tal de “passivo”. Não! Não é você caro (a) colega servidor, apesar de às vezes se mostrar dessa forma. O passivo de que falaram os conselheiros Prof. Edésio, Profª. Élide e Prof. Eduardo é tipo, um gasto, que se tem quando as servidoras pegam mais licença-maternidade. E esse rombo precisa ser fechado de alguma forma, né? Ou seja, dá de um lado e arranca de outro! Daí diria o Magnífico Reitor que a proposta do Sindicato – que pessoalmente também considero estar com representantes que não estão à altura do que considero ideal e isso já disse muitas vezes abertamente – é mais restritiva do que a proposta original de mudança do Estatuto. Oras! O que nós, servidores, decidimos em Assembléia foi: flexibilização sim seria deixar que o(a) servidor(a) optasse entre o qüinqüênio e o decênio, podendo-se fruir continuamente somente quando o período acumulado somar 180 dias, para então conceder o tão desejado período sabático aos nobres professores. Diz o Prof. Eduardo que se você já teve direito a seus 90 dias, após já ter completado 5 anos de serviços, fique tranqüilo, você poderá gozar de seu direito adquirido! Ufa! Ele falou alguma coisa de tirar 120 dias, proporcional sob análise da Reitoria caso o servidor solicite, mas acho que isso foi algum tipo de equívoco (nem todos têm direito a essas coisas...) porque acabei de reler atentamente a minuta e não li nada nesse sentido.

Por fim, para terminar esse relato (desculpem, não tão breve) devo comunicar que o representante da APROF novamente pediu vistas do processo (já que ele não foi apresentado para votação em regime de urgência como tanto desejava o conselheiro Prof. Saul que logo se apressou em expressar-se da sua forma característica). A votação final deve ser realizada após a próxima ou a semana seguinte. E o Magnífico Reitor não gostou muito do pedido, até perguntou como um conhecido apresentador de TV “Você tem certeza disso?”, mas não teve jeito. A votação foi adiada e depois de um esfrega geral na representante do SINSEPES, encerrou a matéria. Se ela teve direito de resposta?! Imagina! Isso é total falta de respeito!

quarta-feira, agosto 20, 2008

Tudo bem... É só um direito a menos mesmo...

Quando vou a uma Assembléia esvaziada como a de hoje de manhã, promovida pelo SINSEPES para discutir a próxima reunião do CONSAD onde serão votadas uma série de medidas referentes à licença prêmio, realmente fico me perguntando o que levou embora a consciência da maioria dos servidores da FURB.

Não por não concordar com a radical medida da Reitoria no que diz respeito à redação da Minuta da Resolução que provavelmente você não leu. Mas por não querer discutir, por dar tanta importância ao seu futuro que “esquece” de momentos assim de discussão quando ouvir e se colocar é fundamental para mudar a realidade. Então, lá diz que você terá direito aos 180 dias de licença prêmio após 10 anos para capacitação e se a reitoria aprovar. Ou seja, se você quiser ir visitar seu parente que mora lá no interior do Rio Grande do Sul e ficar lá curtindo uma vida no campo, não pode! Todos sabemos que as realidades de professores e técnicos são diferentes. Por que não separar essas duas realidades nos documentos da Universidade? Para economizar! Hum... Sei...

No ano passado (logo ali atrás) vimos uma demonstração de força nesta Universidade. Não força do sindicato ou dos servidores que pararam numa greve histórica, mas principalmente força do exercício da cidadania, do despertar, do acreditar no poder de alcançar o que se quer. Mas como alguém disse numa das Assembléias, talvez a movimentação tenha sido tamanha porque o corte era maior. À conta gotas talvez seja mais difícil de perceber que os direitos estão se esvaindo.

Você não se importa em ter direito a gozar de sua licença prêmio a cada dez anos afastando-se 180 dias para capacitação se a Reitoria deixar? Tudo bem. Vá lá na Assembléia e coloque sua posição. Se você não expuser o que pensa, a maioria vai ser sempre contrária a você. Mas se você não concorda, bote a boca no trombone também! Gente! O que não dá é pra ficar com medo de sair do seu casulo de trabalho porque o chefe vai brigar ou pior, porque você não se importa com a SUA vida!

Eu só estou escrevendo porque eu me importo com a minha vida e ficaria muito feliz se você se preocupasse com a sua, se você acreditasse que as mudanças não podem acontecer assim, na cacetada, de cima pra baixo, sem discussão, sem argumentação, sem acordo.

Tá rolando uma enquete no site da ASEF: www.asef.org.br. Pelo menos dê um pulinho lá e participe!

Dia 21, quinta-feira, às 14h30, no auditório da Biblioteca Universitária, acontece a plenária do CONSAD e é sua última chance: vá lá, acompanhe as discussões, importe-se com sua vida, mostre que ainda está vivo e atento!

Esse e-mail é a prova de que eu ainda estou.

Um abraço,

Regi

sexta-feira, agosto 15, 2008

Carta ao Magnífico Reitor

No próximo dia 1º de setembro completo 10 anos como servidora técnico-administrativa nesta instituição.

Estou aguardando ansiosamente por esta data, já que pelo que consta no Estatuto da FURB, recebo o benefício de 90 dias da licença prêmio.

Estava até planejando uma viagem aos Estados Unidos para aprimorar meus conhecimentos em língua inglesa, usando parte do benefício.

Até ontem, quando me deparei (novamente acompanhado do “efeito surpresa”) com um e-mail vindo da Administração Superior dizendo que está aprovando uma mudança no estatuto com a qual eu teria que esperar mais 5 anos para receber esse já tão esperado benefício.

Ora, Magnífico Reitor, nada aconteceu além de eu desabar! Exagero?! Talvez. Mas será que diante da minha “carreira” profissional eu poderia ter outra reação?

Estou, como já citei, há 10 anos trabalhando como servidora concursada na FURB, fora os 2 anos como bolsista em períodos anteriores.

Durante este tempo cursei a graduação em Moda e estou me capacitando em língua inglesa com a ajuda da Administração Superior. Assim que me formei, solicitei diretamente ao reitor, que utilizasse minha capacidade desenvolvida no curso porque eu queria de alguma forma devolver à Universidade o benefício recebido em forma de desconto nas mensalidades. Recebi como resposta: não há vaga disponível para sua colocação em função compatível no momento. Não, Magnífico Prof. Eu não pedi um cargo de estilista. Eu só queria poder ajudar o Curso de Moda a melhorar ainda mais com minha colaboração. Enfim...

Depois de 5 anos trabalhando na Pró-Reitoria de Extensão imprimindo certificados, função extremamente desafiadora e instigante, recebi da Profª. Lúcia Sevegnani, Pró-Reitora na época, a chance de organizar o BRIQUE FURB. Logo em seguida ao sucesso das duas primeiras edições realizadas, foi aprovada resolução que proibia servidores técnico-administrativos de coordenar atividades de extensão, tais como o BRIQUE. Justificativa: falta de capacidade da grande maioria. Segundo minha chefia, eu era uma exceção à regra. Neguei-me a coordenar as outras edições, obviamente, a fim de não desrespeitar a legislação interna aprovada.

Depois dessa decepção, continuei ainda por um tempo imprimindo certificados (utilizando os recursos de mala direta do Microsoft Word!) por uns dois anos até surgir uma vaga na recepção do NI que agora é DTI. No começo foi interessante porque afinal tratava-se de tecnologia que é um assunto que me atrai, havia alguns arquivos a organizar e metodologias a implantar. Estou aqui até hoje, abrindo a porta (automática), atendendo ligações, fazendo alguns memorando e pedidos de material nos sistemas, além de organizar a agenda do Prof. Fábio Luiz Perez. Dia-a-dia, como podem perceber, que continua sendo super estimulante e criativo, bem de acordo com minhas capacidades e competências que a Universidade ajudou a formar. Solicitei uma bolsa junto à FFM para então cursar pós-graduação em Moda para quem sabe num futuro próximo exercer a função de docente nesta Universidade. O valor da bolsa oferecida? 10% de desconto. Estupendo, não é?! Infelizmente não consigo honrar com um valor como este porque no momento faço terapia para manter minha saúde mental o mais íntegra possível, visto meu dia-a-dia como já disse, tão estimulante.

Então poderiam me dizer: “você está reclamando por um emprego sem grande esforço com um salário ótimo e isto é loucura!” Será?! Talvez para os acomodados que acreditam que as pessoas devem se conformar e resignar-se com as imposições das crises do sistema. Será que os servidores da FURB são essas pessoas?! Será que merecemos ser tratados desta forma? Sem que nossos planos, aspirações e opiniões sejam levadas em consideração no processo “administrativo” da instituição?!

O que eu ouço então pelos meus colegas professores pelos corredores: se não está satisfeito, saia, vá em busca de novos horizontes, novas realizações!

E jogar no lixo a contribuição de 10 anos, ao Fundo Previdenciário sem direito a nenhum ressarcimento?! Sem receber NADA em troca além de todo conhecimento
(que não tem preço, eu sei) recebido nesse tempo? Para mim, conhecimento é fundamental, mas pelo jeito, a saúde financeira, para a administração superior é muito mais! Mais do que a preocupação com uma administração competente preocupada realmente com as pessoas, suas necessidades e competências de forma moderna, ágil e eficiente. Andem pelos corredores e dêem uma olhadinha na carinha animada das pessoas desta Universidade! Talvez encontrem alguns alunos felizes porque o professor, de novo (êba!), soltou a turma mais cedo porque tinha que buscar o filho na escola, já que a esposa está fazendo progressiva no salão mais badalado da “city”.

E se a medida da alteração do Estatuto é para beneficiar os professores, sempre tão mais sábios, criativos e competentes, que se abra um parágrafo no Estatuto que os beneficie diretamente, como já é feito em tantos outros documentos da Universidade, aprovados nos Conselhos Superiores, formados em sua maioria, é claro, por professores! E deixem que nós, os incapazes servidores técnico-administrativos, usufruam suas licenças com suas atividades como sempre. Ou pelo menos lhe dêem oportunidade de NÓS escolhermos o que é melhor.

Esse é meu desabafo e minha sugestão, Magnífico Reitor.

segunda-feira, julho 28, 2008

E os outros? F*

A melhor coisa da vida é não ligar para o que os outros pensam, dizem, fazem...
Se fosse pelos outros eu não tinha ganhado um último beijo e ficado com gosto de quero mais.
Felizzzzzzz!!!!
:-D

Lição aprendida!

Nunca deixe para amanhã o que você pode receber hoje.
:-(

sexta-feira, julho 25, 2008

Mãe

Taí uma coisa que sempre foi muito distante pra mim... A idéia de ser mãe. Não sei por que, mas sempre achei que não rolaria e hoje, vendo uma reportagem na TV eu me deparei com a realidade. Era uma matéria sobre a dificuldade das mulheres com mais de 35 anos para ter um bebê. Tem uma parada toda de fertilização e tratamentos e talz. Acho engraçado como parece que só mulheres mais abonadas tem dificuldade de ter filhos depois de "velhas", né? Mas enfim...
Fiquei pensando em mim. Nem namorado eu tenho. Marido então, não me imagino com um.
Acho que realmente um filho não está destinado a minha pessoa nesta encarnação. Quando eu era mais nova e falava que não queria ter filhos, minha mãe sempre me falava: "e quem vai cuidar de ti, quando tu ficares velhinha?" e eu falava "ninguém. não precisa. eu vou para um asilo".
Confesso que hoje, perto de completar os 30 anos, essa idéia de asilo já não me agrada como antes me parecia inofensiva. É triste. É triste ser sozinha. Estou triste sozinha. Mesmo com o Plínio dormindo nos meus braços de vez em quando.
Hoje olhei pra minha mão e suas marcas. As mãos revelam muito da nossa vida, né? Eu olhei pra ela e por um instante a imaginei uns 40 anos à frente, eu já velhinha, sozinha, triste...
Eu sei que ter esses pensamentos é muito ruim e que acabo atraindo coisas ruins e materializando isso. Mas é tão difícil me imaginar feliz daqui a um tempo. É tão difícil imaginar o futuro. Hoje tenho vontade de ter um bebê. E quem sabe quando minha mão estiver enrrugada mostrando tudo que passei por tanto tempo - que certamente viverei - ter alguém pra falar vó...

quinta-feira, julho 24, 2008

Meu não trabalho

Desde a última postagem, algumas coisas aconteceram...
O chefe do RH queria me enfiar no Departamento de Química pra eu dar um up-grade na minha vida profissional e tirar do pé dele o chefe do departamento que perdeu a secretária.
Até fui lá falar com o cara, conhecer o "ambiente" de trabalho, mas na boa... Não rolou!

Depois disso até fiquei bem, sabe? Tava resignada... Mesmo...
Mas essa semana comecei a ter ataques de insatisfação de novo.
Ontem, quando senti inveja do trabalho da atendente da padaria do Giassi, acho que cheguei no fundo do poço. Hoje de manhã eu não queria levantar da cama. Ficava pensando: o que vou fazer lá no trabalho?! Nada!
Daí lembrei que a Néte ia lá em casa hoje fazer a faxina mensal.
Tá... Assinei um protocolo, fiz uma requisição de material, atendi umas duas ou três ligações e coloquei um bilhete na mesa do meu chefe. O pior é que ganho muito bem pra fazer isso e por isso não vale a pena largar esse "trabalho".

Ai, isso é muito chato! Ainda bem que amanhã é sexta feira!

quarta-feira, maio 28, 2008

Mudando...

Hoje de manhã não vim trabalhar. Ao invés disso acordei às 10h30, comi sucrilhos, coloquei uma roupa confortável e um boné e caminhei pelo bairro durante uma hora.
Cheguei em casa suada, tomei banho e um copo de diet shake.
Entrei no carro. Depositei o dinheiro da Néte e cheguei na FURB.
Falei com meu chefe sobre o marasmo que é minha vida profissional.
Ele: - Você que sabe!
Fui conversar com a assistente social. Quero mudar de setor. Quero mais atividade, quero pensar, quero fazer.
Vamos ver!
Espero.
Esperança.

terça-feira, maio 20, 2008

Vende Não Vende

Hoje minha mãe veio com um papo de que não devo vender o ap e sim ir pagando a parte que é do meu irmão aos poucos pra ele. Vou desencanar, meu!
Eu venho me esforçando pra que o lance fique mais "vivível", mas tá foda!
Sinto que não tenho as rédeas da minha vida em minhas mãos. Isso me incomoda muito mas em algumas vezes também penso que putz... Estou reclamando por pessoas que gostam de mim tentarem me proteger. E isso é meio injusto já que tem tanta gente por aí que adoraria ter uma mãe que os mimasse ou um irmão que se preocupasse.
Tenho discutido isso na terapia. Ainda aprendo a digerir essa minha fome de independência.

Vou com a Kalinka numa sessão de Mihakari, pra qual a Cláudia sempre me convidava quando trabalhávamos juntas na PROERC mas eu nunca fui. Acho que vai me fazer bem esse lance de imposição das mãos. Estou numa fase propícia para acreditar em coisas que me façam bem de um jeito não muito deformado.

A Raquel e o Magola estão grávidos!!!!!!
Fiquei muito feliz pelos dois e estou curiosíssima pra vê-los nos papéis de pais. :-D
Imagina o Magola falando daquele jeito dissimulado dele com um bebê de colo. E a Raca brigando com ele por isso daquele jeito bem molenga dela de brigar com "o Rafa". :-)

Amanhã é sexta-feira. Último feriado do ano. Vou aproveitar pra arrumar a casa, ficar com meus amigos, ter meu cabelo colorido gratuitamente pela cabeleireira mais gente boa do pedaço e muito mais! Quero que meu feriado seja super e só depende de mim, né? Estou indo bem.

segunda-feira, maio 19, 2008

Muda

Estamos quase fechando a venda do apartamento onde vivi nos últimos 6 anos, que tem tanta história pra contar... Ao mesmo tempo que tô feliz em me mudar pra um lugar mais perto da FURB (e mais caro também! :-( ) que mudará minha rotina completamente e me dará uma sensação de liberdade que quero há tanto tempo experimentar, rola uma certa nostalgia, é claro!

Fico lembrando da minha vidinha lá com oTeco, dos meus sonhos praqueles cômodos e paredes. O sacrífico pra pagar a cozinha... Foi lá que construí amizades lindas e vivi momentos inesquecíveis, sempre com mestres cucas diferentes e tão especiais. Mas também acho que viverei menos isolada do mundo se vier para o bairro do conhecimento (! essa foi horrível!).

Por dentro tô com a parede do estômago colada o tempo todo no umbigo. Pior é que acho que é fome e lá corro eu pra minha lancheira ver o que mais tem pra eu devorar e assim engordar e dificultar ainda mais minha vida afetiva que não anda das mais animadas.

Sábado no Obs conheci dois meninos de Floripa bem legais. Daí tinha um que era acreano e tava muito a fim de me beijar (até pediu daquele jeito clichê: "sabe o que eu tô com vontade de fazer agora?"), mas ah, gostei mais do outro menino, aquele que perguntei se era gay antes de me apresentar. Acabou não rolando nem com um nem com outro. Ah, antigamente eu era mais experimentalista... Pelo menos agora tô bebendo, né? Pô, e aquele Bacardi Apple... Foda! Muito bom! Vale o que se paga por ele. E olha que eu sou adepta da cerveja barata, hein?

Comecei a fazer terapia. Comportamental. Tá sendo ótimo! Tô me sentindo Regi de novo. Sem lítio, sem fluoxetina, sem bosta nenhuma... Ah, um Free Fresh de vez em quando. Faz bem. :-D

Bom estar bem. De verdade! :-D

sexta-feira, abril 25, 2008

Pessoas interessantes falam sobre idéias, não sobre pessoas...

Hoje é sexta e diferentemente do que tem acontecido ultimamente tenho mil planos legais pro fim de semana. Acho que tudo tá voltando ao "normal", graças a suspensão dos remédios, espero.
Ontem a Dani me ligou pra me dar um esporro por não ter pedido socorro a ela na última crise (que a Kalinka descreveu obviamente como a III Guerra Mundial) e me obrigar a começar uma terapia.
Pois bem. Liguei pra uma tal de Ana Cláudia. Não é que era aquele linda que acho tão fofa e não conheço tão bem a ponto de isso não atrapalhar o tratamento? Fiquei muito feliz.

Peguei o JV na escolinha. É incrível como ele me faz bem com toda aquela inteligência... Fico indignada como ele consegue reter tanta informação a respeito dos seus interesses. Tenho vontade de esmagar a criaturinha quando ele fala "Tia Regi, tu sabia que a Hannah Montana é a Miley Cyrus?" ou quando ele fica cantando em um dialeto de inglês durante o banho umas músicas que não sei onde ele escuta... hehehehe Queridão!

A palestra da Lígia Cortez ontem foi foda. Só foi foda também perceber a "curtisse" desse povo de artes cênicas. Fiquei em dúvida em cursar disciplinas com esse povo que me pareceu tão pouco crítico pra área de atuação que escolheram... Talvez tenha sido só primeira impressão.
Ouvi atentamente aLígia contar sobre a experiência dela no Macunaíma, de Antunes Filho, antes de eu nascer. Descobri que tem tanta coisa legal pra eu ler e aprender... Foi estimulante!
Hoje vou ao lançamento do Festival de Teatro, conhecer quais peças foram selecionadas pra eu assistir em julho. Espero que sejam boas como as de 2006, ou as de antigamente como a "Menina que roubou o pão". Tenho saudades dos festivais da década de 90. As peças eram tão mais mágicas... Ou talvez eu fosse menos chata.

Fim de semana promete. Estou feliz. Estou agitada. Estou preocupada. E me sinto cansada mas não quero dormir. :-D

quarta-feira, abril 23, 2008

Sem idéia do que quero meu mundo é um sofá

Essa é uma frase que de uma das músicas do Wonkavision que eu adoro. Eu sei que parece meio (ou totalmente!) idiota mas sabe que quando eu a escuto, me sinto um pouco em casa?! Porque eu sempre fui uma pessoa tachada por não ter objetivos claros na minha vida. Tipo, não ter um sonho enorme (esse enorme varia de pessoa pra pessoa) que impulsiona a gente a abrir os olhos, pisar os pés no chão e se mover.
Minha estadia na cama (é mais confortável que o sofá no meu caso) nessa última semana me fez pensar sobre isso. Eu queria - de verdade! - ter um super objetivo e poder falar pras pessoas que sei lá, quero ser uma estilista legal ou uma jornalista famosa, ou comprar um carro importado, ou morar nem chalé dos Alpes Suíços...
Mas cara, eu não sei!!! Eu não sei o que eu quero! Meu irmão sempre me disse: "Regi, esse é o teu problema... Tu não tem um objetivo!" e até mandou pra eu ler aquele texto dos peixes no cargueiro com tubarões e talz, falando que se a água não bate na bunda a gente desacelera e morre na praia. Mas o que é a minha água batendo na bunda? Será que preciso ter um filho? Será que preciso sofrer algo trágico? Mais ainda do que ser bipolar e viver a beira da loucura?
No fim do ano tô querendo ir pros Estados Unidos, visitar a Mônia. Tipo, isso é uma coisa muito legal e pra algumas pessoas pode até ser um sonho, mas pra mim não é, saca? Se eu for, muito legal, se eu não for, foda-se... Tá faltando paixão! E a merda é que só eu posso descobrir uma. E essa busca por esse sonho, objetivo, água na bunda é mais acho que mais angustiante ainda...
Quando tô bem (sem pensamentos malignos) sou feliz, vejo graça em toooodas as mínimas coisas do meu dia a dia. Tipo a cor da árvore e como é lindo justo nessa hora o tom que o sol dá às folhas, o look de uma senhorinha super linda e retrô por falta de recursos, o som que o cara do lado tá ouvindo no sinal... Quando tô mal, meus pensamentos são só negatividade. Diria que hoje tô num dia de reflexão. Acho que esses dias são os de equilíbrio. Esses deveriam ser os mais constantes na minha vida, né?
Hoje me sinto linda. Com meu vestido de tricô argile e meu óculos de batman.
Me sinto viva. Ainda sem um objetivo, mas viva.
:-)

terça-feira, abril 22, 2008

Eu sou fui éca bipolar!

Retorno hoje ao trabalho, depois de dez dias de repouso quase total e absoluto em várias camas e no carro da minha mãe durante uma viagem pra praia.
Mais um dos não raros ataques de depressão. Nessa crise pelo menos pensei em algo produtivo, usar esse blog de forma terapêutica. Não sei quanto tempo isso vai durar, né? Afinal também concluí que pessoa persistente é uma característica que não me cabe.
Mas achei que seria bom expor aqui, publicizar (sempre achei na realidade super exposição falar da minha vida assim, na net, pra todo mundo ler, mas quer saber... Foda-se!) meus sentimentos, aflições, tentar organizar um pouco as idéias através das linhas.
Hoje pareço melhor. Não odeio ninguém hoje. Acho só algumas pessoas medíocres, o que é grande feito diante do meu transtorno de superioridade (logicamente fake) que já analisei possuir.
Semana passada quando fui - acho que pela última vez - ver o psiquiatra que me entorpecia, soube que ele estava quase sem opções de drogas pra mim já que relato reações cada vez mais incômodas a cada troca de remédio. E pensei: pôrra, se é pra ficar chapada e não ficar feliz, vou viver bêbada e chapada que é mais barato e divertido!
Mas as vozes das pessoas que se importam comigo - mamis principalmente - me disseram pra tentar mais uma vez... Quinta-feira vou num outro doutor aí pra ver no que vai dar. Mas ele tem que ser deveras convincente. Senão, vou apelar pra pinga mesmo...
Amanhã vou quebrar minha clausura. Vou ver Volúpia. Tomara que não me deixe mais deprimida. Acho que não. Tenho pensado muito em voltar a fazer teatro. Mas um troço sério. Nada de brincadeirinha. Quem sabe uma segunda graduação? Só basta saber se a mãe FURB libera o desconto de funcionária pra mim... Tomara! Planos... Planos são bons pra gente se sentir viva. Será que vou ressuscitar? Tomara! Não agüento mais essa vida de morta viva.
Hoje é aniversário do Teco. Sinto saudades. Dele. Da gente no passado. Das partes boas. Mas quero que ele e a Juju dele sejam muito felizes, como parecem ser pela internet. Me sinto impotente por não ter conseguido ser tão legal a ponto de conseguir que ele quisesse estar do meu lado mais que 5 anos. Enfim... As coisas mudam, as pessoas mudam, a vida muda...
Talvez a minha amanhã esteja melhor. Oxalá!
Té!