sexta-feira, julho 25, 2008

Mãe

Taí uma coisa que sempre foi muito distante pra mim... A idéia de ser mãe. Não sei por que, mas sempre achei que não rolaria e hoje, vendo uma reportagem na TV eu me deparei com a realidade. Era uma matéria sobre a dificuldade das mulheres com mais de 35 anos para ter um bebê. Tem uma parada toda de fertilização e tratamentos e talz. Acho engraçado como parece que só mulheres mais abonadas tem dificuldade de ter filhos depois de "velhas", né? Mas enfim...
Fiquei pensando em mim. Nem namorado eu tenho. Marido então, não me imagino com um.
Acho que realmente um filho não está destinado a minha pessoa nesta encarnação. Quando eu era mais nova e falava que não queria ter filhos, minha mãe sempre me falava: "e quem vai cuidar de ti, quando tu ficares velhinha?" e eu falava "ninguém. não precisa. eu vou para um asilo".
Confesso que hoje, perto de completar os 30 anos, essa idéia de asilo já não me agrada como antes me parecia inofensiva. É triste. É triste ser sozinha. Estou triste sozinha. Mesmo com o Plínio dormindo nos meus braços de vez em quando.
Hoje olhei pra minha mão e suas marcas. As mãos revelam muito da nossa vida, né? Eu olhei pra ela e por um instante a imaginei uns 40 anos à frente, eu já velhinha, sozinha, triste...
Eu sei que ter esses pensamentos é muito ruim e que acabo atraindo coisas ruins e materializando isso. Mas é tão difícil me imaginar feliz daqui a um tempo. É tão difícil imaginar o futuro. Hoje tenho vontade de ter um bebê. E quem sabe quando minha mão estiver enrrugada mostrando tudo que passei por tanto tempo - que certamente viverei - ter alguém pra falar vó...

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