sexta-feira, agosto 22, 2008

Respeito é bom! Mas acho que eles não gostam...

Quem foi à reunião do CONSAD hoje pôde assistir a uma bela demonstração da democracia tão anunciada nos discursos de campanha da atual administração da Universidade. Me deu até pena dos servidores que nunca tinham assistido a uma sessão de Conselho na FURB, que segundo o nosso Magnífico Reitor, é o espaço de discussão das questões que afligem a comunidade acadêmica. Detalhe que a reunião começou com um classudo “cala-boca” do Magnífico Reitor para os “convidados” que foram assistir as “discussões”. E como já havia relatado no meu primeiro desabafo, quem está sentadinho lá naquelas poderosas cadeiras, meus caros? Representantes da comunidade acadêmica que, apesar de a maioria serem eleitos por seus pares e discentes, sabemos muito bem, não podem se indispor politicamente com a cúpula porque as conseqüências seriam líquidas e certamente desagradáveis. Então, que “discussão” é essa? Não seria melhor usar a palavra discurso? O Magnífico Reitor falou (eu ouvi) que não chegou a uma proposta comum com o sindicato porque o lugar de discutir era o CONSAD. Ora, desde que o CONSAD é conselho todos sabemos como funcionam as votações: com uma proposta acordada sendo apresentada, votada e aprovada quase sempre com ampla maioria da administração superior. Então é pra brincar de engana?!

Durante sua “discursão” pude ouvir algumas possíveis justificativas para a insistência em passar o período aquisitivo da licença-prêmio de 5 para 10 anos, resguardando-se a proporcionalidade do benefício, se a reitoria autorizar (ah, mas é só o chamado período sabático que eles podem “gerir”, tá? se tirar os 30 dias pode ir lá pro interior do RS curtir a vida no campo...). Uma delas é a questão da fidelização dos servidores técnico-administrativos. Segundo o Prof. Eduardo, uma verificação foi realizada e concluiu-se que o tempo médio de permanência dessa categoria de servidores na FURB é de 7 anos, portanto o prêmio seria dado se ele “aturasse” a FURB por 10 anos! Percebam como eles mesmos se contradizem. Se é necessário que este prêmio seja dado para “segurar” o servidor técnico na instituição é bom nem pensar como andam as outras condições e incentivos de trabalho.Agora uma outra questão que agora muito pessoalmente me aflige: e quem está completando 10 anos daqui a 10 dias, que portanto, já está “doméstico-fidelizado”? Qual a justificativa para não manter o qüinqüênio para esses servidores? Ah, aí entra um tal de “passivo”. Não! Não é você caro (a) colega servidor, apesar de às vezes se mostrar dessa forma. O passivo de que falaram os conselheiros Prof. Edésio, Profª. Élide e Prof. Eduardo é tipo, um gasto, que se tem quando as servidoras pegam mais licença-maternidade. E esse rombo precisa ser fechado de alguma forma, né? Ou seja, dá de um lado e arranca de outro! Daí diria o Magnífico Reitor que a proposta do Sindicato – que pessoalmente também considero estar com representantes que não estão à altura do que considero ideal e isso já disse muitas vezes abertamente – é mais restritiva do que a proposta original de mudança do Estatuto. Oras! O que nós, servidores, decidimos em Assembléia foi: flexibilização sim seria deixar que o(a) servidor(a) optasse entre o qüinqüênio e o decênio, podendo-se fruir continuamente somente quando o período acumulado somar 180 dias, para então conceder o tão desejado período sabático aos nobres professores. Diz o Prof. Eduardo que se você já teve direito a seus 90 dias, após já ter completado 5 anos de serviços, fique tranqüilo, você poderá gozar de seu direito adquirido! Ufa! Ele falou alguma coisa de tirar 120 dias, proporcional sob análise da Reitoria caso o servidor solicite, mas acho que isso foi algum tipo de equívoco (nem todos têm direito a essas coisas...) porque acabei de reler atentamente a minuta e não li nada nesse sentido.

Por fim, para terminar esse relato (desculpem, não tão breve) devo comunicar que o representante da APROF novamente pediu vistas do processo (já que ele não foi apresentado para votação em regime de urgência como tanto desejava o conselheiro Prof. Saul que logo se apressou em expressar-se da sua forma característica). A votação final deve ser realizada após a próxima ou a semana seguinte. E o Magnífico Reitor não gostou muito do pedido, até perguntou como um conhecido apresentador de TV “Você tem certeza disso?”, mas não teve jeito. A votação foi adiada e depois de um esfrega geral na representante do SINSEPES, encerrou a matéria. Se ela teve direito de resposta?! Imagina! Isso é total falta de respeito!

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